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Moçambique depende de fundo externo para investimento público


O nosso país está cada vez mais a depender de fundos dos parceiros estrangeiros para fazer investimentos públicos, facto que revela a vulnerabilidade da economia nacional, sobretudo, por causa da (in)capacidade de arrecadação de receitas.

O Centro de Integridade Pública analisou o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado referente ao ano de 2025, onde percebeu que Moçambique continua a depender, profundamente, de recursos externos para financiar as despesas de investimento.

Para o exercício económico de 2025, Moçambique vai precisar de um apoio externo estimado em 75 por cento do Orçamento do Estado, equivalente a 74.684,4 milhões de meticais contra 46.1 por cento de 2024. Porém, os fundos internos estão orçados em 24.092,0 milhões de meticais, o que corresponde a 25 por cento da contribuição nacional contra 46.8 por cento de 2024.

O CIP entende que embora a dependência externa não seja novidade, a redução do apoio internacional e a deterioração da confiança por parte dos credores e dos doadores, sobretudo, a saída dos financiamentos estratégicos como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID) e da Millennium Challenge Corporation (MCC) fragilizou a materialização das políticas públicas e o alcance dos objectivos de desenvolvimento nacional.

O artigo do CIP não só expõe os riscos da sustentabilidade da economia nacional, como, também, aponta os caminhos para reduzir a dependência, o que passa pela aplicação das reformas fiscais capazes de fortalecer a mobilização interna de recursos como forma de mitigar a vulnerabilidade da economia face a choques externos.

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